Ezequiel Antônio Castanha foi preso no dia 21 de fevereiro deste ano.
Ele comandaria quadrilha que teria desmatado 15 mil hectares de florestas
Ele comandaria quadrilha que teria desmatado 15 mil hectares de florestas
Ezequiel Castanha tem R$ 30 milhões em multas por crime ambiental, segundo Ibama- (Foto: Reprodução/ Globo Rural)
A Justiça Federal de Itaituba, no sudoeste do Pará, negou nesta
sexta-feira (20) o pedido de liberdade de Ezequiel Antônio Castanha,
considerado um dos maiores grileiros de terras da Amazônia. Ele foi
preso no dia 21 de fevereiro deste ano, durante a operação Castanheira.
Ezequiel é acusado de comandar a quadrilha que teria desmatado 15 mil
hectares de florestas nos últimos dez anos. Ele acumula mais de R$ 30
milhões em multas por crimes ambientais e tinha prisão decretada desde
agosto de 2014.Também foi negado pela Justiça Federal o pedido de liberdade para Giovany Marcelino Pascoal e Edivaldo Dalla Riva, que também fazem parte da quadrilha. Castanha e Dalla Riva continuam presos em Itaituba, enquanto Giovany Marcelino Pascoal permanece foragido.
A prisão
Ezequiel Antônio Castanha foi preso pela Polícia Federal e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A prisão é resultado da operação Castanheira, realizada em agosto do ano passado com o apoio do MPF e Receita Federal.
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Os organizadores da operação desmontaram aquela que é considerada a maior organização criminosa especializada em grilagem de terras e crimes ambientais na região de Novo Progresso, no sudoeste do Pará. O grupo invadia terras públicas, desmatava e incendiava as áreas para formação de pastos, e depois vendia as terras como fazendas. O dano ambiental, já comprovado por perícias, ultrapassa R$ 500 milhões.
O MPF denunciou à Justiça 23 integrantes da organização, que podem responder por um total de 17 tipos de crimes e ficar sujeitos a penas que variam de 13 a 55 anos de cadeia.
Flagrante
Em março deste ano, os Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MP-PA) flagraram aparelho de ginástica, cafeteira, frigobar, placa de internet, impressora e notebook na cela de Ezequiel Antônio Castanha. Após o flagrante, o diretor da penitenciária foi exonerado.
Em nota, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) informou que “não tolera a existência de regalias ou objetos proibidos para detentos custodiados no Pará”. De acordo com a Susipe, diante do flagrante, foi deterrminada a imediata exoneração do diretor do Centro de Recuperação Regional de Itaituba, no oeste do Pará, onde está custodiado Ezequiel Castanha, cuja cela foi vistoriada e dela foram retirados objetos não permitidos. O notebook e uma impressora encontrados na cela são de outro detento que tem autorização da justiça para uso dos equipamentos.
Do G1 PA
Ezequiel Castanha tem R$ 30 milhões em multas por crime ambiental, segundo Ibama (Foto: Reprodução/ Globo Rural) |
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