segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Índices de assaltos amentam em farmácias de Belém

Os constantes assaltos nas farmácias em Belém e Região Metropolitana estão assustando as pessoas que frequentam os estabelecimentos.
Além da renda diária, os locais estão no alvo da criminalidade por causa da venda de aparelhos eletrônicos e telefones celulares, além da predominância de caixas-eletrônicos. Para se defender das ações criminosas, aos poucos as farmácias estão deixando de oferecer alguns serviços e mudando de horário de funcionamento e quem sai perdendo é a população.


Na avenida Júlio Cesar, quase chegando na entrada do conjunto Providência, no bairro Val-de-Cans, há duas farmácias que contabilizam assaltos e arrombamentos.Há quatro anos, Marle Farias, 34, trabalha em um dos estabelecimentos. Durante esse tempo, a atendente foi vítima duas vezes dos assaltantes, que entraram armados e foram direto no caixa e ao balcão dos celulares. O primeiro ocorreu logo após a hora do almoço, já o segundo foi no final do expediente. “Depois dos assaltos, ficamos com medo de, a qualquer hora, eles entrarem novamente”, disse. Ela afirma que mês passado, na abertura da loja, teve outra surpresa: a farmácia havia sido arrombada. “Os bandidos entraram durante a madrugada e levaram tudo o que puderam carregar”, lembra. No local, que antes vendia diferentes modelos de celular, agora, oferece apenas os aparelhos mais básicos. Em outra farmácia próxima dali já não havia mais a venda de aparelhos celulares. 

SUSPENSOS: O militar José Amaral, de 59 anos, fazia compras no estabelecimento e lamenta ver como a criminalidade tem assustado a população na capital paraense. “Ficamos preocupados com esses crimes. Por isso, já não andamos com dinheiro e tudo é pago no cartão de crédito e débito”, disse. Com poucas opções de agências bancárias próximas a sua casa, a professora Thamyres Pinheiro, 37 anos, relata as dificuldades para fazer pagamentos, já que as farmácias não oferecem mais o serviço bancário. “Os assaltantes é quem mandam. Até o pagamento não podemos mais fazer nas farmácias”.

Os horários de funcionamento das lojas também foram alterados. Uma farmácia na travessa Castelo Branco, no bairro do Guamá, já foi assaltada três vezes no primeiro semestre de 2015. Em maio, a gerente do local, Nilda Melo, passou pelo susto. “Eram dois homens e chegaram às 18h30, de moto. Com capacete, eles entraram na loja, foram direto ao caixa e levaram o dinheiro”, contou. 

O DIÁRIO solicitou à assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup), dados recentes de quantos assaltos nas farmácias ocorreram na Grande Belém. Porém, até o fechamento desta edição as informações não foram encaminhadas.

(Roberta Paraense/Diário do Pará)

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